Enfim chegou o dia, desde 2004 quando li uma noticia na zero hora da realização de um audax aqui no sul , fiquei com vontade de participar. Passaram-se muitos anos, até que por um empurrãozinho do Rudnei Pimentel, eu disse, agora vamos.
Sábado 29 de Novembro 13h30min colocamos as três bikes no carro e fomos lá, Eu, Rudi e Rita, esposa do Rudi.
Eu fui com a minha bike Raleight grupo deore LX, de 15 anos, remodelada, suspensão grind que coloquei depois, pé de vela, trocador, e cambio dianteiro idem (tudo shimano), pois pelo tempo de uso os originais sofreram o desgaste e foram substituídos. Coloquei pneus 1.5 lisos, bagageiro, duas caraminholas, ergui o que deu o guidom para eu ficar o mais ereto possível, botei os pedais da minha speed estradeira, para usar sapatilhas, pois a pedalada fica muito melhor, um banco de gel o mais macio possível e fomos embora.
Chegamos em Santa Cruz, lá pelas 17 h, um calor de lascar, de cara sem descer a bike do carro já fizemos à vistoria, coloquei o meu numero 02 na bike, e vencidas as burocracias necessárias, fomos descansar um pouco. Aproveitei para preparar água, gatorade, barras de cereais, power bar, roupas, ferramentas e câmaras de ar, maquina fotográfica e etc. 20 h briefing, aonde foram dadas todas as dicas, conselhos, instruções e etc., para os 105 participantes.
04h20min de domingo dia 30 alvorada, café, 05h15min dentro do ônibus com as bikes, muito engraçado as bikes lá dentro, por cima dos bancos, corredor e etc. chegando no local todo mundo se posicionou na largada que foi dada as 6 h em ponto, e lá fomos nós., um festival de sinaleiras piscando numa fila indiana , parecendo a Av. Paulista ao anoitecer, com a fila de carros com as sinaleiras ligadas.
Bikes tinha de todos os tipos, velhas, reformadas, novas, speed, mtb com e sem amortecedor, hibridas, algumas naves, bikes que só tinha visto em revista, mas como o que importa mesmo é o pedal...
Saímos bem na frente, logo os mais afoitos ou os mais preparados foram pegando o seu ritmos, nós, o nosso, de cara uma subida leve, mas longa, eu meio ofegante e já meio suando me assustei , será que estou preparado? Mas fui em frente, de ipod no ouvido, ainda escuro e pedal forte, mais adiante um dos extensores que estava prendendo meus badulaques se soltou, quase foi no raio, o Rudi que me avisou meia hora depois de novo, virou gozação. Solucionado isto continuamos ritmo forte 30 km de media, duas horas assim, e chegamos no primeiro PC, botei bloqueador solar, peguei uma banana e meio litro dagua, até ali já tinha tomado um litro, e botei o gatorade na outra caraminhola, e fomos de novo.
Às vezes alcançamos alguns dos que no inicio saíram a mil, outras vezes alguém nos passava, encontramos o Cláudio Rigoni, Passofundense que mora em Santa Cruz, pedalador apaixonado, que tem o site http://www.rigonax.com.br/,
Lá adiante, em Cachoeira do Sul um descanso por conta, paramos num posto de gasolina, Coka, barras, energéticos, água, descanso e fomos em frente.
Chegamos no PC 2, km 102 água 1,5 litros, cuca, banana, pizza, ali o cansaço estava brabo, já que era umas 11h da manhã, descanso um pouco maior, bloqueador solar e fomos de novo, já que resolvemos almoçar mais adiante, no momento tinha algumas nuvens que escondia o sol e amenizava o calor , mas o esforço de impor um ritmo bom nos levava ao cansaço, neste trecho o Rudi pedia para mim diminuir o ritmo, pois a Rita estava bastante cansada , eu até que estava bem, meu maior problema era dores na perna esquerda, teve de tudo, no inicio dor na parte posterior da coxa , depois passou para a panturrilha ,fazia massagens e alongamentos pedalando mesmo, até que começou a doer na frente, bem encima perto do fêmur, até que chegamos em um pedágio, km 150 lá botei a cabeça embaixo de uma torneira e fiquei uns 5 minutos com água escorrendo, mais água, dois cafezinhos por conta do pedágio, e seguimos.
Pc3 160 km. Já eram duas da tarde, pedimos uns pratos de massa, Coka 2 l. Fiz um alongamento com fisioterapeuta, dei uma ajeitada da perna esquerda, que estava incomodando, tomei um remédio para a dor e larguei sozinho, já que o Rudi e Rita estavam num ritmo mais lento quiseram ir em frente, e eu sai depois para alcança-los no caminho, perna melhor, medicada, botei um ritmo forte e fui, passei alguns com cãibras, pneus furados e fui indo, até que avistei o Rigoni que estava sozinho, quando estava chegando nele começou a primeira chuva, km 175 , o Rigoni parou para colocar o colete reflexivo e ligar os piscais, e eu passei de viagem por ele, queria alcançar os meus parceiros, Rudi e Rita, dai veio o temporal, km180, fortes rajadas de vento e chuva, parei agora eu, para botar o colete e ligar luzes, pois o transito de veículos com as péssimas condições de visibilidade me fizeram pensar na segurança, o Rigoni me alcançou e fomos juntos novamente, passamos por um casal que pelo vento forte e pista escorregadia, acostamento (brasileiro)com desníveis, o cara caiu duas vezes, tudo bem seguimos eu o Rigoni, agora com o ritmo mais lento devido à precariedade das condições, mas num ritmo em minha opinião bem forte para a situação, e nada do Rudi e Rita, a minha perna começou a doer de novo, passamos Rio Pardo, veio uma serrinha e nós lá embaixo de chuva eu peguei a roda do Rigoni e não larguei mais, ele me deu uma força, foi me puxando até a chegada, eu sempre no vácuo dele, e ele num ritmo que eu conseguia acompanhar, naquelas alturas, eu pensei ou o Rudi disparou ou pararam, eu toquei assim mesmo, no vácuo do Rigoni até a chegada, depois de 11 horas, km210 rodados em 11 horas, uma bela sensação de dever cumprido, lindo passeio, lugares maravilhosos. Tiramos uma foto na chegada eu e o Rigoni, tomei uma coca com gelo dentro, que estava uma delicia.
O Rudi e Rita chegaram uns 15 minutos depois, estavam num posto quando passei, mas devido à tempestade na hora, e eu de ipod no ouvido não escutei.
Recebemos nosso diploma, bem como uma medalha do audax, banho, carregar bicicletas , em casa as 22 hs, cansado mas feliz.
Os números :
11 horas de prova
9,09 horas de pedal, (marcado no ciclocomputador VETTA)
Máxima 56,1 km/h
Distancia 210,8 km
Média 23 km/h
Curiosidades:
- O cara que eu contei que caiu duas vezes, a segunda vez, passou um cara dirigindo um Santana, ficou olhando o ciclista caído, saiu fora da pista desceu um barranco, capotou , e queria chamar a policia, pois achava que o ciclista que foi o culpado de sua distra’~ao e barbeiragem.
- Tinha dois meninos um de 8 e 12 anos , junto com o pai , cada um na sua bike, e completaram a prova.
No site http://www.santaciclismo.com.br/ tem todas as fotos que a organização tirou, eu coloquei umas nossas aqui.
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