Serra do Corvo Branco

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terça-feira, 24 de maio de 2011

AUDAX RANDONIER 400 KM - FEITO


Olá Galera
Cem é pouco.
Duzentos é bom
Trezentos é demais
Quatrocentos é !@#$%^&*()_+}{[]?<>,
De ultima hora eu e o Guilherme nos comunicamos, eu tive uma semana com muitas duvidas, até fiz um depoimento aqui no blog http://pedalnanoite.blogspot.com/2011/05/dia-do-desafio.html sobre problemas mecânicos enfrentados por minha magrela, por isto fomos meio desanimados a Porto Alegre fazer o Audax Randonier 400 km, foi uma correria, sai com a bike faltando muita coisa para enfrentar os 400 km.
Saímos na sexta para dar uma descansada e não encarar o pedal depois de 300 km de carro.
No sábado fizemos um prato de massa com galeto preparado pela Dani e Guilherme, estava ótimo. Fomos para o DC em torno das 13 h. Até completarmos todos os preparativos e participarmos do briefing já era hora da largada, 14h20min.


Saímos forte, fui alcançando o pessoal que tinha se posicionado mais a frente na largada. Seguimos pela BR 116, ate a Barra do Ribeiro, no KM 70,
Pc1 chegamos ali às 16h50min, fizemos o “pacote” (carimbar passaporte, banana, marola, Gatorade, banheiro e etc.), e voltamos pela mesma Br 116, estrada muito movimentada, com acostamento irregular. Já perto de abandonar a BR 116, o Guilherme fura um pneu, já noite troca rápida e seguimos em frente, logo após eu caio num buraco que quase me derrubou, a bike deu uma pendida para o lado, tive sorte, o aro dianteiro teve um risco, mas foi só susto e seguimos.
No km 117 dobramos a esquerda, e entramos na Br 290, de agora em diante trecho por nos muito conhecido, pois ali fizemos de os Audax de 200 e 300 km. Continuamos tocando forte até km 135, aonde entramos na Rs 401, passamos pelo Tiago e mais uma galera trocando um pneu, o Tiago foi meu parceiro no Audax 300, por um 80 km, gente fina, de Estancia Velha, fomos juntos com eles. Chegamos ao segundo PC, 154 km, as 21:32 de sábado, com media de 25km/h, feito o pacote fomos em frente, tendo eu o Guilherme parado num posto para comer algo diferente.
Fomos em seis ciclistas ate o km 178, aonde pegamos a Rs 244, já tendo passado Charqueadas e São Jeronimo. Esta estrada tem uns buracos medonhos, no Audax 300 derrubou um participante quebrando a clavícula do cara. Fomos com o cuidado possível, a noite com nossos faróis ate o PC3 aos 17 minutos de domingo, km 203, ali a media já havia caído 23 km/h, motivos; grupo maior, noite. Mas tranquilo não é este o objetivo, e sim chegar ao fim. Nesta altura alguns já haviam desistido, alguns enjoos, outros problemas físicos e etc.





Feito o pacote, comemos um prato de massa, e demos um tempo, porem a galera que estava conosco amarraram um pouco demais e saímos sós eu e o Guilherme.
Fomos em frente, no trecho mais tranquilo, acho que não passou dois carros por nos neste trecho o resto da noite, às vezes tinha uma golfada de ar frio e outras de ar mais quente, mas o frio a serração foram apertando à medida que nos aproximávamos dos 250 km, com as maiores descidas da prova, este trecho com serração era bem complicado para soltar as bikes na decida para aproveitar o embalo, mas o cansaço fazia a imprudência sair ganhando e descíamos a toda, caso tivesse algum buraco passaríamos por cima com certeza.
Neste trecho a gente troca mais duas vezes de rodovia, saindo da rs 244, logo após passar General Câmara, entrando na Rs 405, e já a 2 km do Pc4 na Rsc 287, passando pelo Vale Verde , Passo do Sobrado e Santa Cruz do Sul. A estrada do Vale Verde , apesar de passarmos a noite é muito bonito, a certa altura as arvores fazem um túnel de tão fechada à vegetação.
Na Rs 405 acho eu que cruzamos com os únicos três que estavam na nossa frente.
Chegando do Pc4 250 km , 03:40min, foi um caos, o posto de gasolina aonde seria o Pc estava fechado, o Pc estava funcionando precariamente no carro do fiscal, fizemos o pacote rapidamente, sem lugar nem para sentar e retornamos. Ai o frio pegou, o corpo ficava quente enquanto pedalávamos, mas como tinha algumas boas descidas, sem pedalar ficava muito frio, era uma briga no final das descidas, frio mesmo.
Depois pegamos uns poucos quilômetros com vento forte, ai foi brabo, reduzimos mais ainda nossa velocidade, a lua que já era quase minguante não iluminava quase nada.
Ai aconteceu comigo algo que eu achei estranho, começou a me dar sono, coisa que não tinha sentido quando fizemos a prova dos 300 km, o que a maioria da nossa sentiu naquela ocasião.Tive dificuldades em andar em linha reta, e também permanecer na pista. Na volta a Passo Fundo, dentro do carro o Guilherme disse que num momento ele acordou quase no acostamento da pista na contramão. Depois ficamos sabendo que muitos desistiram neste trecho, tendo dois ciclistas inclusive, pasmem, parado na estrada, e dormido no acostamento de uma ponte, ali mesmo no chão.
Chegamos nos 300km Pc 5, as 06:06min, nem o fiscal estava no Pc, o restaurante fechado e dois ciclistas ali dormindo, um que tinha desistido já na ida quando este mesmo lugar eo pc 3, e o outro era um dos três que estavam na nossa frente. Acordei o fiscal, que carimbou o passaporte, fizemos o pacote e esperamos a moça do restaurante que foi chamada, fazer uma bela torrada e um café para nos.
Já na saída deste Pc, chegou 2 ciclistas , que inclusive já participaram do Paris, Brest, Paris em 2007.


Nos partimos deixando o ciclista que estava em nossa frente dormindo, agora era só dois na nossa frente. Chegamos à noite neste Pc, saímos já era dia, num belo amanhecer.
Dai em diante e uma luta, nada parece ter fim, até chegarmos no Pc6 as 9:39 km 350 nossa media já era de 20km/h, paramos num posto antes do Pc, tomamos um Energético, fomos ao Pc, fizemos o pacote e fomos embora. Nestas horas e daqui para frente uns 4 carros passaram cheio de bike dos desistentes.
Este trecho até chegar a Br 116 é o pior, a estrada e muito movimentada, o acostamento ruim, bem como a pista, este asfalto ecológico parece uma veia de 100 anos, tudo enrugado, não da velocidade e judia do traseiro do pião. Este final é realmente terrível, quando encontramos a placa indicativa de 5 km para chegar na Br 116, a gente calcula , 15 minutos, parece horas. Fomos parando nos dois pedágios , agua, café, banheiro e já na Br 116 um posto também nos recepcionou.
Chegando perto de Poa, vendo as pontes, começa a levantar a moral, esta feito, nada mais nos faria parar, aquele trevo complicado que nunca acertei, descemos um barranco de speed como da outra vez, que passamos uns caras na reta final e fomos para a gloria, (gloria do desporto nacional o Inter.... hihihi).
Confirmado, só dois loucos chegaram na nossa frente, o Audax não é uma corrida, mas a gente gosta de chegar bem colocado.




Chegada final, 12:31 min, meu cateye marca 399.67, máx. 62.70, media 19,8 km/h e 18:33 de pedal, cansados, mas faceiros. Almoçamos ali no DC mesmo, sem massa, hihihi, desmontamos as bikes, colocamos no carro do Guilherme e fomos para o Apt. Da Dani, banho e uma boa dormida antes de vir embora.


Saímos à tardinha chegando por volta das 23:00 em Passo Fundo
Após termos dito que não faríamos mais nada, nos perguntado varias vezes o que estávamos fazendo ali, o Guilherme saiu com esta “ Para os 600km (agora 10 junho), tenho que ver se troco o banco”
Ate lá.

Um comentário:

  1. Parabéns Xyko e Guilherme, mas como já disse anteriormente, meu negócio é cicloturismo...
    Em breve vamos postar o passeio até Marcelino Ramos.

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