Com um "certo" atraso vamos contar o nosso tradicional quinto Carnabike.
Carnabike = Grupo de amigos que
aproveitam o feriadão do carnaval para fazer um cicloturismo.
Tudo começou em 2010, quando
fomos em 13 amigos de Passo Fundo para participar do Vale Europeu,roteiro nos
vales de Santa Catarina, roteiro este já programado por prefeituras e grupos da
região. Estava plantada a semente.
Todos os anos fizemos no carnaval
viagens de bicicleta, carregando nos alforjes tudo que precisávamos para
vestir, dormir, manutenção da bicicleta e etc.
Este ano porém mudamos, pois
ficamos baseados em uma só cidade, Canela na serra gaúcha, dali nos três dias
da folia, pedalamos para regiões próximas, mas a tardinha estávamos de volta ao
hotel, assim desta forma era possível confraternizarmos com nossos familiares
que não pedalam.
Na sexta feira 28 fevereiro, cada
um foi indo em direção a Canela por estradas diferentes, teve gente que chegou
as 4 da manhã.
As oito horas de sábado estávamos
tomando café, depois a hora dos acertos, regulagens, nas bikes e em nós próprios.
Assim depois da foto com a
camiseta oficial do evento (com patrocínio, Afirmação Software, Gigante Bike,
Mangos Restaurante e Sar Serviço de Anestesia) em frente ao hotel, (Vila
Suzana), partimos para o primeiro dos três roteiros, perfeitamente e
meticulosamente preparados pelos amigos Cesar Oliveira e Miguel Quevedo.
Assim nosso primeiro ponto do dia
foi o Santuario de Caravaggio, tipo a nossa Santinha, lá encontramos um
cachorro que nos seguiu até a volta a Canela, mais de 40 km o cachorro correu
ao nosso lado, batizamos o bicho como chamamos carinhosamente um amigo e
companheiro do cicloturismo. Como este amigo não foi desta vez, o seu espirito
guerreiro, companheirismo e seu amor
pela bicicleta estava ali, na raça e simpatia do cachorro, foi uma homenagem ao
amigo que estava em nossa mente.
Depois atravessamos uma
propriedade particular, aonde o nosso companheiro entrou em uma luta com três
cachorros que defendiam seu território. Saindo inteiro da disputa ele continuou
aproveitando junto conosco as belezas da região. A região é linda com muitos altos e baixos, a
consciência do turismo na região faz a cada km encontrarmos lindos lugares,
igrejas, casas finamente decoradas.
Numa das piores subidas do dia, a
única zebra mecânica, sem saber definir o motivo, o cambio traseiro e gancheira
foram seriamente danificadas, mas a presença do Chico da Gigante Bike com seu
conhecimento resolveu a situação. Foi retirado o cambio e assim sem marcha a
bike e o seu piloto seguiram adiante.
Foto Miguel Quevedo |
O almoço foi no parque do
Caracol, lugar dos mais lindos da região. Abastecidos, inclusive o mascote
seguimos adiante.
Dois lugares de destaques que
fizemos também neste dia foi o Parque dos Paredões, com paredões de tirar o folego
e o Parque da Ferradura, em alusão a forma de ferradura feita pelo rio entre as
montanhas.
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Foto Miguel Quevedo |
Foto Cesar Oliveira |
O segundo dia texto do amigo
Fernando Campanholo, segue relato.
As 8 horas do dia 2 de março
de 2014, nos reunimos na saída do estacionamento da pousada para iniciarmos
nosso segundo dia do Carnabike Canela/RS, onde revisamos nossas “magrelas” e
saímos, sem a presença do nosso amigo Everton, que compareceu à paisana na
companhia de sua esposa.
Com um pouco de dor no coração
e remorso, deixamos nosso mascote de quatro patas, que carinhosamente
apelidamos de “Lóris” em homenagem a nosso amigo Cézar Lorenzini que
infelizmente não pode participar, trancado no galpão para evitar que saísse
conosco, pois a previsão era de rodarmos 62 km e, sabíamos que nosso bichinho
não iria aguentar.
Enfim, saímos de Canela, pegando
a Av. Dom Luiz Guanela até Gramado, onde chegamos na Av. das Hortências e
dobramos à esquerda, descendo pela Estrada para Vinte e Oito e Quilombo, onde
enfrentamos uma decida assustadora, já prevendo o quanto iríamos ter de subir
para voltar.
O caminho apresentou paisagens
exuberantes, repletas de Goiabeiras carregadas, onde nos deliciamos, alguns com
nojo do bicho da goiaba, hehehe. Mas com bicho ou sem bicho, as goiabas
auxiliaram nos próximos 10 km de decida muito cascalhada.
Mais adiante, próximo da Linha
Café, cruzamos uma pinguela bem estreita, para seguirmos em direção ao Templo
Budista, deixando para traz o local onde almoçaríamos, em virtude de estar
muito cedo.
Iniciamos então a longa subida
para o Templo Budista, onde ao passar por uma residência, cujos moradores
iniciavam um churrasco, ouvimos o desanimador comentário de quem nem havíamos
começado a subir, o que realmente mostrou-se verdadeiro, pois a rua calçada
logo terminaria, iniciando um subida íngreme e totalmente cascalhada.
Neste momento, este que vos
escreve e “quase toda a torcida do Flamengo” se viu obrigada a revezar entre
pedalar e carregar as bikes morro acima, pois pedalar era cada vez mais
complicado.
Com a fome batendo, devido ao
horário, nos deparamos com o fato do caminho mapeado ser inacessível, o que é
bem fácil de acontecer, uma vez que o caminho foi desenhado utilizando o Google
Earth, que não permitia uma visão legal da estrada. Mas superada essa
dificuldade, chegamos na RS-020, onde os ciclistas mais fortes nos aguardavam
em um restaurante, que nos serviu um almoço fora de série.
Almoçamos e seguimos para o
Templo Budista, onde pudemos repor as energias e apreciar sua arquitetura e
cultura, muito diferente e interessante. Fomos muito bem recebidos por uma
senhora de Passo Fundo, que nos deu várias explicações.
Iniciamos então uma longa
decida, onde saímos de 515 metros de altitude para chegar a 62 em uma distância
de menos de 2 km, em uma estrada com um calçamento muito irregular, que fez o
almoço revirar no estômago.
Paramos para recarregar as
energias e as caramanholas em um boteco em que o dono parecei a o própria Buda,
porém já estava quase dentro do litro.
A ideia era ir até o Castelo
da Cachaça Alambique Flor do Vale, mas a como a subida judiou bastante, além do
fato de ser muito tarde, acabamos abortando esta visita, então subimos cerca de
600 metros em 12 km, uma subida muito difícil, graças ao cascalho muito solto e
ao intenso movimento de veículos, que nos obrigavam a sair do trilho, além de
encobrir a estrada de poeira.
Enfim, pudemos retornar,
exausto mas muito felizes com o ótimo passeio bem sucedido e muito bem
organizado. Chegamos na pousada, deixamos as bikes no galpão e fomos nos
prepara para o próximo desafio: a janta.
Terceiro Dia
No ultimo dia de pedal sempre da
aquela sensação dúbia, a de ser o ultimo
dia, esta no fim, mas também da aquela que o corpo já cansado de um roteiro exigente. Mas
sabíamos que seria mais um grande dia, confesso que as subidas do segundo dia
se fazia sentir.
Após nossa rotina matutina,
partimos para Linha Bonita, aonde um almoço em uma cantina nos esperava, mais
uma vez vales, subidas e descidas de tirar o folego, a tal cantina além de
difícil de achar nos deu uma rasteira, pois com horário marcado para nós fomos
passados para traz pelo proprietário para acomodar uma excursão que estava
atrasada. Pelo menos a comida era boa. Assim aguardamos um bom tempo a excursão ir embora, após um bom almoço seguimos nosso
caminho, fotos em frente a casas antigas, e ... Subidas.
Enfim retornamos a Canela, na
chegada a chuva começou a se fazer presente, dava para ter chegado ao hotel sem
se molhar, mas resolvemos fazer a foto em frente a igreja.
Chegando no hotel um banho de
piscina na agua fria, e o resto do dia festa, janta, confraternizações.
Muito bom o relato! As fotos entāo, sensacionais!!!
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