CICLOTURISMO DE ERECHIM A TRES ARROIOS

OLA GALERA
Segue texto e fotos enviadas pelo Cesar em uma viagem solo.
Uma beleza de pedal, lugares muito bonitos, parabéns e obrigado ao César pelo envio do material ao blog.
Aproveitem.
Vejam todas as fotos aqui.









CICLOTURISMO
EREXIM / TRÊS ARROIOS (Via Vale dourado)

Olá pessoal.
Desta vez o passeio foi bem próximo daqui. O município de Três Arroios dista 22 km de Erexim pela rodovia BR 153 e com ligação asfáltica. É claro que como Cicloturista MTB planejei um roteiro totalmente de estrada de chão, e o fiz saindo de Erexim passando pelo Km 14 Dourado (Vale do Dourado), também pelo distrito de Jaguaretê até chegar ao município de Três Arroios, totalizando 40 km.
Saí de Passo Fundo sábado (10 set) com o ônibus das 07h20min e a bike “embalada” no porta malas. Não há lei que proíba o transporte de bike em ônibus intermunicipal ou interestadual, há apenas um Projeto de Lei que não tem a mínima atenção dos legisladores, e, como tantos, tramita por Brasília há anos... Se tramitasse de bike já teria chegado!
Todavia, para não gerar conflito no embarque ao ônibus, a bike deve estar descaracterizada como VEÍCULO DE PROPULSÃO HUMANA - assim a define o Código de Trânsito Brasileiro – então o recomendável é tirar a roda dianteira e proteger correia e câmbio, para não ouvirmos a alegação de que vai engraxar as malas dos demais passageiros. E, sempre à mão, uma cópia da Nota Fiscal, pois se está indo como mercadoria pode ser exigida a comprovação da propriedade. Feito isto, não tem como a empresa de ônibus negar-se ao transporte, há uma regulação de que cada passageiro tem o direito a um volume (em tamanho ou peso) e uma bike é compatível a isto.
Bem, quanto ao passeio, foi fantástico. Saindo da rodoviária de Erexim e com um trajeto previamente traçado pelo Google Hearth, foi tudo muito bem. Dispondo de uma planilha do trajeto com as devidas marcações de referência, quilometragens, entradas, pontes, etc... fica tudo facilitado. Meus agradecimentos ao Eduardo que, nas pedaladas de sábado deu-me algumas aulas de como importar trilhas para o GPS. Resultado: foi só “não sair da linha”, o ponteiro do GPS apontava sempre se eu estava sobre o caminho planejado. Uma variação de 50m era suficiente para indicar que estava saindo do percurso.
O dia era de temperatura agradável, paisagem caracterizada por muitos morros, estradas de baixo movimento e muitos sobes e desces. Mas dois foram os mais difíceis: ao sair do Vale do Dourado para chegar à parte alta, uma subida de 6 km em meio à mata com muita sombra, e como o dia não estava muito quente não estava abafada. Depois, a subida de Monte Cristo: 1,2km de trilha, onde automóvel não conseguiria passar, muitas valetas e água decorrentes das chuvas, e muitas pedras soltas obrigando até mesmo a empurrar a bike em pelo menos metade deste trecho. Valeu o esforço. No alto há uma capela e uma cruz de concreto que possui uma escada de acesso para vermos a paisagem lá de cima. Parada boa para recuperar as energias física e espiritual.
Depois, só descer 4,5 km até Três Arroios, que fica em outro vale. Cidade tranquila, de ótimo asfalto, casas sem cercas ou muros, e, naturalmente, todos curiosos olhando para o ciclista que chegava. Nem precisava anunciar, muitos me pediram se era de Passo Fundo após constatar a inscrição na camisa.
Bem, sem alongar o texto, fiquei ao custo de R$ 40,00 (quarenta reais) instalado em uma cabana/chalé do Balneário de Águas Termais local, cuja única frustração fora a de que as piscinas estavam vazias. Como eles trocam a água das piscinas todos os dias, e que por motivo das chuvas não houve movimento de turistas nos dias anteriores, limitei-me a um bom banho de chuveiro. Instalei-me na cabana, e curti a paisagem, o silêncio do local e o murmúrio do rio que ficava a 15m atrás de onde eu estava.
No domingo pela manhã, minha esposa e filhas - muito obrigado a elas – (carro de apoio, He He He ) foram buscar-me para passarmos o domingo em Erexim com nossos familiares.
O local é uma ótima opção para quem quiser passar um final de semana com a família, muito simples, e, em temporada, conta com a infraestrutura de um bom restaurante. Mesmo que se opte por algo na cidade, basta andar quatro quadras e se está na praça central. Uma boa dica é ir em grupo com a família para lá num final de semana, e, enquanto elas curtem as termas, “nosotros” podemos nos divertir com uma volta pela região.
Por fim, fez falta a parceria do Miguel, com quem neste ano pedalamos no Caminho das Missões, depois de Passo Fundo ao balneário de Marcelino Ramos e, recentemente, o Caminho dos Moinhos em Arvorezinha. Volta logo M’ermão, ter alguém para falar/ouvir bobagens nas pedaladas é sempre bom.