Mais uma vez, o César apresenta um pequeno esboço, verbal, em pleno pedal de sábado à tarde. É sua forma de pesquisar a aceitação da turma, que já sabe, vem coisa boa por ai. Já tradicional o pedal de Carnaval esta garantido. Nesta altura o César já tem um anteprojeto elaborado, pequenos ajustes, e esta feito. Dias, cidades, estradas, locais a serem visitados. Depois Ele e o Miguel, fazem o levantamento das distancias, metro a metro. Neste meio tempo vem à relação de hotéis, pousadas, fones e e-mails para contato, com preços de cada uma. Finalmente o horário e local da largada, tempo e local para lanches, tempo de cada deslocamento, previsão de chegada do dia, hora de largada para o dia posterior e etc.
Como quase todas às vezes, após o César ter feito este trabalhado, e enviado a todos os interessados, cada ciclista fica responsável pelas suas próprias reservas em hotéis, pagamento de entrada se exigido pela pousada, deslocamento até a cidade de partida, etc. O horário de partida foi desde manhã, com alguns saindo à tardinha, tendo trabalhado até o final da tarde de sexta feira.
Sábado, conforme planilha, uma galera que se hospedou em São José dos Ausentes partiu de encontro a os demais que estavam em outra posada mais adiante, já que a primeira lotou. Excedendo o tempo em 12 minutos o grupo agora completo partiu rumo a Timbé do Sul. Como no inicio tudo é diferente, e muito bonito as paradas para fotos vai rolando. Fotos, filmagens, em grupo, da paisagem e etc.
Chegamos num belvedere indicado pelo Lieverson, ali foi feito tomadas para a mini série Casa das Sete Mulheres, diz um cidadão que estava também admirando. Ali com 1240 metros, e um vento que carregava ferramentas, o César trocou a primeira câmara do pneu.
Logo encaramos a Serra da Rocinha, uma pirambeira de dar pena dos braços,resto do corpo e bici. Uns quarenta quilômetros despencando numa sucessão de curvas com pedras de todos os tamanhos e quantidade.
by Miguel |
O secretário esta entre o Eduardo Fabiane e a Gabriela |
Ali o encontramos,o Anjo ou Demônio? O secretario de turismo da cidade de Timbé do Sul, logo me foi encaminhado, uma pequena entrevista, fui para o almoço, na saída apresento o César ao Secretario, que se oferece para nos levar a todos os lugares, seduzido pela promessa de uma cascata maravilhosa, naqueles quase 40 graus, das duas da tarde, a dois quilômetros fora da rota...
Foto Miguel |
Lá pelos dez quilômetros pedalados veio nosso protesto, eu fiz greve de fome daquela hora em diante, voltando a comer só lá pelas 17h30min um picolé. Diz o secretario, fiquem tranquilos, por aqui vocês vão economizar vinte quilômetros do que vocês tinham elaborado, fomos numa cascata quase impraticável para o banho pelo ponto de acesso, vamos mais um pouco e , água cor de café com leite, mas a temperatura da agua, e estrutura do local, eram boas. Na hora da partida diz o secretário, "no caminho original de vocês caiu à cabeceira de uma ponte, vocês teriam que pedalar mais 30 km". Siga-me os bons, e lá fomos na conversa, o calor, nossa. De repente surge o secretario que já tinha ido em casa pegar a mulher e diz “Eu falei que tinha que dobrar a direita a 10 km atrás, sim “... Meia volta e parei num bar, proseando com o bolicheiro, ele diz, mas é melhor seguir em frente, faltam só 3.5 km para Turvo. Chamei o secretario que voltava após campeirar todos os ciclistas, e falei o que o pessoal do bolicho tinha me falado. O rápido me sai com essa. “Ha, mas eu quero levar eles por bla, bla”. Bom neste momento, nós que estávamos de bici, não de moto ou carro, cada quilometro é suado, aprendemos, vamos seguir o nosso roteiro da próxima vez. Hehehe. Assim fomos conduzidos pelo secretario, que pelo menos rodou alguns quilômetros nos levando para todos os lados. Mais adiante, achando mais um rio o Rudi, foi indo devagarinho, mas entrou com celular e maquina fotográfica no bolso.
Com mais de vinte quilômetros acrescidos no roteiro pelo secretario, totalizamos 116 km rodados até chegar a Praia Grande, já à noite, numa reta interminável, eu de uma distancia em diante não parei mais até chegar ao hotel, cada parada para descanso, vai tornando o trajeto interminável. Acho que até uma hora depois da minha chegada, ainda chegava alguns. Lugar pequeno, fomos nos virando, para jantar, descansar, tomar banho e etc. Domingo, café da manhã e todos os demais preparativos pessoais e nas bike, partimos rumo a Cambara do Sul.
Se no dia anterior tínhamos descido, hoje iriamos subir, e põe subir, mais de 1200 m de altitude até Cambara. A única vantagem é que as pedras eram menores, mas o aclive, curvas subindo, sucedido de mais curvas subindo, o cansaço e o calor, mais dificuldades, separou a turma de novo, cada um ia como podia, um conseguiu ser rebocado por uma camionete, amarrado por uma corda, passou todo mundo, menos o Guilherme que já estava esperando no local aonde almoçamos, já no fim da subida.
Eu enquanto subia, tirei fotos, e me refresquei numa cascatinha.
Numa casa abandonada, fomos nos acumulando, o meu carro que serviu de apoio, tinha ido, vindo, ajudando os mais necessitados, numa gentileza da Mirna, que correu sem parar com nosso carrinho naquelas ...”estradas”. Lá tinha frutas, agua, e material para fazermos uns sanduiches.
Quando estávamos em uns seis ciclistas já no local, a Dani cheia de coragem e muita sede pediu uma coca para um pessoal que almoçava ali também, eles disseram que não tinham mais, passado um tempo o cara veio com um guaraná 2 litros e duas cervejas geladíssimas, foi demais.
Depois de algumas horas descansando, partimos em direção ao fantástico Itaimbézinho.
Chegamos em cima da hora de fechar a trilha, 15 h, e como a bicicleta esta autorizada a circular foi tranquilo, até o fim da trilha, muitas fotos neste lugar que deixa a gente sem folego. Após visita fomos para Cambara descansar, alguns foram parando pelo caminho, e num razoável sobe e desce nos hospedamos numa boa pousada. Um bom jantar, e fomos dormir.
Como a motorista do carro de apoio, perdeu a entrada do Itaimbézinho, e por não estar no programa visitar o Canion Fortaleza, mais imponente ainda, eu resolvi abortar o final do passeio, e fazer um turismo com a minha mulher, ela merecia. Prejudiquei a Rita e Rudi, que teve que ir buscar o carro, para vir buscar o pessoal e bikes. Mais um pouco de sacrifício.
No dia seguinte o pessoal partiu já na meia manhã, enquanto eu iniciava outro turismo, visitando Pedra do Segredo, Cascata do Tigre Preto e o Canion Fortaleza. Veja algumas fotos aqui.
Como não participei do terceiro dia, segue relato do Miguel.
O terceiro dia de pedal foi o menos cansativo, 52km pelo meu controle, saímos um pouco tarde de Cambará do Sul, em torno de 09:30 ou mais, neste dia a turma teve redução de 3 ciclistas do dia anterior (Chico, Rudi e Rita), seguimos em 10 ciclistas. Os primeiro 7 ou 8 km um asfalto novinho sem movimento, foi um passeio. Pedal seguiu tranquilo e logo passávamos em uma comunidade que não lembro nome e depois dali Vila Santana, onde compramos água gelada em um mercado (curiosidade o preço entre R$ 0,65 e 0,80 a garrafa), já vínhamos nos informando sobre onde poderíamos fazer uma boa refeição de almoço, descobrimos que a última possibilidade era em Ouro Verde, onde funciona a fábrica de celulose, paramos já por volta do meio dia e comemos aquele xis no baixinho (ver fotos), por sinal um xis muito gostoso.
Enquanto aguardávamos 10 xis ficarem prontos passaram vários caminhões carregados de toras, e muitos motoristas pegavam xis no baixinho. Seguimos em frente, faltando em torno de 20km de São José dos Ausentes nos dividimos em dois grupos, Eduardo Fabiane e outro Eduardo de POA, que estava pedalando com nosso grupo, seguiram a rota original até o Vale da Trutas onde deixaram seus carros, os demais (Miguel, Cesar, Dani, Guilherme, Jota, Fabio, Vanderlei e Carlo), pegamos à esquerda atravessando matas de pinus, quando o tempo já estava nublado e prometendo chuva. E a chuva veio forte na nossa esquerda mas aquela que nos alcançou foi leve sem criar muito barro na estrada, chegamos às dezoito horas em São José dos Ausentes, lavamos as bikes no posto ao lado da Pousada, banho na pousada, alaminuta no restaurante do posto e, bora para casa, resgatando na memória a aventura e pensando na próxima.Veja fotos e filmagens do Miguel
Uma sugestão: Para melhor aproveitar os multi locais lindos de Cambara, vá direto para lá, e ai num dia vá a Itaimbézinho, uns 56 km entre ida e volta, no outro dia vá ao Cânion Fortaleza, e arredores, mais ou menos a mesma distância. No Itaimbézinho tem opção de fazer uma trilha na parte de baixo, mas leva o dia inteiro e tem que ser acompanhado por um guia credenciado, e tem muitas outras opções, podendo ser feito em mais dias, o lugar merece.
Fotos
Filmagem 1
Filmagem 2
Filmagem 3
Filmagem 4
Filmagem 5
Fotos e filmagens Pedal na noite
Veja fotos aqui.
Filmagem 1
Filmagem 2
Filmagem 3
Cuidem o batedor de caipirinha.
Fotos Vande
Veja fotos aqui.
Fotos Fabio
Veja fotos aqui.
Galera, como já falamos em outra oportunidade, solicito aos amigos que queiram copiar fotos do passeio que o façam logo, pois temos mais de 2000 fotos, já enchi 5 picasas, logo vou dar uma selecionada e apagar algumas.
que show galera, muito linda as fotos, turma muito boa, como eu queria ter ido junto, mas não tinha como denovo
ResponderExcluirFábio
Beleza de passeio! Parabéns a todos. Fiquei sabendo que a descida foi sensacional, subida foi íngreme e a chuva, no último dia, desanimou um pouco mas que tudo isso valeu a pena! Vamos nessa de novo? Tomara que sim pois dai estarei junto! Parabéns a todos!!! Abraços
ResponderExcluirVamos sim e sugiro no inverno! A descida era para mim algo muito especial, importante e ludico. Em algum momento vou escrever sobre isso. Faz parte da minha infancia e da ultima viajem de ferias que fiz junto com meu pai, em 1979. Que saudades...
ResponderExcluirAbçs e obrigado pela oportunidade. nao teria descido sozinho e este objetivo me acompanhou por muitos anos.
Kiko