Serra do Corvo Branco

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domingo, 2 de maio de 2010

PASSO FUNDO A ERECHIM pela Transbasiliana, relato do feitor CESAR AUGUSTO RIBEIRO DE OLIVEIRA






Aos amigos do Pedal na Noite

No dia 1º de maio deste ano, parti de Passo Fundo em direção a Erexim pela rodovia Transbrasiliana. Nossa turma às vezes a utiliza quando pedala para os lados de Coxilha, portanto, eu a conhecia apenas em um trecho de uns 10km. Na verdade, um dos sentidos da pedalada era um resgate: eu havia passado por ela uma única vez há uns 35 anos atrás, faz tempo, e como um guri fiquei surpreso ao dizer a meu pai “Já estamos em Erexim? Nem passamos por Getúlio?!” Ai é que fui saber daquela estrada. Para os mais novos, naquele tempo iniciavam-se as obras do asfalto da RS que conhecemos ligar a Erexim, então ir por ali também implicava em viajar em estrada de chão, não havia ligação asfáltica.

Bem, quanto ao meu passeio, foi solitário, aliás, como diz o Padre Valdo (ex integrante do Clube de Cicloturismo do Brasil e que faleceu no início deste ano), foi um emocionante encontro interior. O Padre Valdo viajou sozinho do Oiapoque ao Chuí – aventura que relata em um livro – e depois seguiu pelo Uruguai, Argentina e Chile, o que narra em outros dois livros.

A estrada Transbrasiliana no trecho em que passei é bastante empedrada, de boa trafegabilidade mesmo em dias de chuva, mas que exige do ciciclista certa autonomia. Há poucas casas ao longo do eixo, nenhum posto de combustível ou borracharia, apenas um único bar, na verdade, como diria o gaudério Cenair Maicá, um “Bolicho de beira de estrada”, que pouco ajuda. Até mesmo um bom suprimento de água se faz necessário, já que, por predominarem as lavouras, há pouca sombra.

Não obstante, carreguei algumas ferramentas, câmaras sobressalentes, espias de freio e câmbio, gancheira e um câmbio novo como reserva.
De resto, é um passeio tranquilo, o movimento de veículos é muito baixo (exceto em épocas de colheita de safras), e as longas retas do trajeto deixam ao ciclista a possibilidade de apreciar bem a paisagem. Alguns pés de butiás ainda remanescem, pude encontrar um casal de avestruz, um pica pau, um ouriço e um ratão atropelado.

Meus agradecimentos ao Chicão da Gigante Bike que deu-me umas aulas de manutenção e conserto da bike necessários a uma viagem destas e ao Lieverson (Kiko) pelo empréstimo do GPS, já que o meu teve problemas com a importadora e não chegou a tempo...

Um abraço a todos e até uma próxima oportunidade, pois pretendo realizar outros passeios deste tipo no decorrer do ano.

obs: ontem após ter publicado a matéria do César, um amigo de nosso blog postou um comentario, pediu ele média km e etc. Entrei em contato com o César que respondeu o seguinte:

Bom dia!

Ontem à noite vi a matéria no blog, de fato me dei conta de que havia faltado isto.
A quilometragem de estrada de chão é de 70km, mas entre saída do centro de Passo Fundo e chegado ao centro de Erexim, totalizam 89km.
A média, sem pressa, com paradas para fotografias, uma viagem de "cicloturismo", foi de 16km/h, totalizando em 7 horas de passeio. É possível fazer em menos tempo.
Boa parte do percurso é plana, porém a partir de Sertão o trecho tem longas subidas mas de pouca aclividade. Sai-se de Passo Fundo numa altitude de 684m acima do nível do mar e chega-se a Erexim a 740m de altitude."

Um comentário:

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